sexta-feira, 3 de junho de 2011

Como agir em casos de Convulsão

Definição

É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda de consciência.

Principais Causas

Nos ambientes de trabalho podemos encontrar esta afecção em indivíduos com histórico anterior de convulsão ou em qualquer indivíduo de qualquer função. De modo específico, podemos encontrar trabalhadores com convulsão quando expostos a agentes químicos de poder convulsígeno, tais como os inseticidas clorados e o óxido de etileno.
• Febre muito alta, devido a processos inflamatórios e infecciosos, ou degenerativos
• Hipoglicemia
• Alcalose
• Erro no metabolismo de aminoácidos
• Hipocalcemia
• Traumatismo na cabeça
• Hemorragia intracraniana
• Edema cerebral
• Tumores
• Intoxicações por gases, álcool, drogas alucinatórias, insulina, dentre outros agentes
• Epilepsia ou outras doenças do Sistema Nervoso Central

Sintomas

• Inconsciência
• Queda desamparada, onde a vítima é incapaz de fazer qualquer esforço para evitar danos físicos.
• Olhar vago, fixo e/ou revirar dos olhos.
• Suor
• Midríase (pupila dilatada)
• Lábios cianóticos
• Espumar pela boca
• Morder a língua e/ou lábios
• Corpo rígido e contração do rosto
• Palidez intensa
• Movimentos involuntários e desordenados
• Perda de urina e/ou fezes (relaxamento esfincteriano)
Geralmente os movimentos incontroláveis duram de 2 a 4 minutos, tornando-se, então, menos violentos e o acidentado vai se recuperando gradativamente. Estes acessos podem variar na sua gravidade e duração.
Depois da recuperação da convulsão há perda da memória, que se recupera mais tarde.

Primeiros Socorros

• Tentar evitar que a vítima caia desamparadamente, cuidando para que a cabeça não sofra traumatismo e procurando deitá-la no chão com cuidado, acomodando-a.
• Retirar da boca próteses dentárias móveis (pontes, dentaduras) e eventuais detritos.
• Remover qualquer objeto com que a vítima possa se machucar e afastá-la de locais e ambientes potencialmente perigosos, como por exemplo: escadas, portas de vidro, janelas, fogo, eletricidade, máquinas em funcionamento.
• Não interferir nos movimentos convulsivos, mas assegurar-se que a vítima não está se machucando.
• Afrouxar as roupas da vítima no pescoço e cintura.
• Virar o rosto da vítima para o lado, evitando assim a asfixia por vômitos ou secreções.
• Não colocar nenhum objeto rígido entre os dentes da vítima.
• Tentar introduzir um pano ou lenço enrolado entre os dentes para evitar mordedura da língua.


• Não jogar água fria no rosto da vítima.
• Quando passar a convulsão, manter a vítima deitada até que ela tenha plena consciência e autocontrole.
• Se a pessoa demonstrar vontade de dormir deve-se ajudar a tornar isso possível.

No caso de se propiciar meios para que a vítima durma, mesmo que seja no chão, no local de trabalho, a melhor posição para mantê-la é deitada na "posição lateral de segurança" (PLS).
Devemos fazer uma inspeção no estado geral da vítima, a fim de verificar se ela está ferida e sangrando. Conforme o resultado desta inspeção, devemos proceder no sentido de tratar das conseqüências do ataque convulsivo, cuidando dos ferimentos e contusões.

É conduta de socorro bem prestado permanecer junto à vítima, até que ela se recupere totalmente. Devemos conversar com a vítima, demonstrando atenção e cuidado com o caso, e informá-la onde está e com quem está, para dar-lhe segurança e tranqüilidade. Pode ser muito útil saber da vítima se ela é epiléptica.

Enfermeiro e Parada Cardíaca

Parada cardíaca: situação em que, clinicamente, não são perceptíveis os movimentos respiratórios e batimentos cardíacos.

As causas mais freqüentes ocorrem através da obstrução das vias aéreas superiores em função da aspiração de corpos estranhos, da depressão do sistema nervoso central por intoxicação, superdosagem de drogas, edema cerebral, choque elétrico e outros. Pode ainda ocorrer em função da pouca concentração de oxigênio nas grandes altitudes e em casos de soterramento.

Sinais e Sintomas:
- parada dos movimentos respiratórios (apnéia).
- pele fria, extremidades cianóticas.
- ausência de pulso femoral ou carotídeo.
- inconsciência (redução de perfusão cerebral).
- midríase: as pupilas começam a dilatar-se entre 30 a 45 segundos após a interrupção da circulação, levando em torno de 4 a 5 minutos para que a lesão cerebral se torne irreversível.

Tratamento: consistem na ressuscitação cardiorrespiratória (RCR), ventilatória e circulatória.

Assistência ventilatória: A respiração artificial é uma manobra que possibilita a introdução e a retirada de ar dos pulmões de forma rítmica e alternada.

Procedimentos para respiração boca á boca

Coloque o paciente em D.D.H (decúbito dorsal horizontal) sobre uma mesa ou no chão.
Ponha-se a lado esquerdo da cabeça do paciente, limpe a boca de muco e objetos estranhos, enrolando o dedo em um pano. Coloque uma das mãos sob o pescoço do paciente e outra na testa, inclinando a cabeça para trás tanto quanto possível e após, puxe a mandíbula para frente. Esta posição evita a queda da língua, já que há deslocamento de mandíbula e a língua é forçada a acompanhá-la.

Comprima as narinas do paciente com os dedos, inspire e coloque seus lábios firmemente de encontro á boca do paciente, expirando logo após, de modo que empurre o ar para as vias aéreas do paciente. Em recém-nascidos e crianças menores, deve-se aplicar a boca sobre a boca e o nariz.

Retire os dedos que comprimem as narinas para que o ar saia, terminada a expiração, iniciar nova insuflação e, assim sucessivamente, de modo rítmico e contínuo, na proporção de 12 a 20 respirações.

A ressuscitação respiratória deverá prosseguir até o retorno dos movimentos respiratórios espontâneos ou até que cheguem outros recursos assistenciais.

Atuação do enfermeiro no suporte básico e parada cardiorrespiratória

Conhecer a seqüência do atendimento, manter certo nível de tranqüilidade para poder organizar as manobras de ventilação e circulação artificiais e reunir material e equipamentos necessários para este período são condições imprescindíveis para uma boa equipe de enfermagem, principalmente porque é ela que permanece o maior tempo em contato com o paciente e, na maioria das vezes, é quem detecta a PCR. Desta forma é recomendado reciclar a equipe de enfermagem na execução das manobras de suporte básico de vida. O enfermeiro deve fornecer treinamento a sua equipe a fim de capacitá-la a realizar procedimentos altamente técnicos em situações emergenciais, uma vez que é exigido tal preparo para um atendimento eficaz. O treinamento da equipe deve ter como prioridade a redução do tempo de atendimento com medidas que permitam atuação rápida e eficiente e sistematizada, porém cumprindo todas as etapas do atendimento. Para tanto não basta apenas fornecer orientações a equipe e sim um treinamento atualizado e contínuo que abranja toda assistência, pois o profissional que cuida de pacientes com maior complexidade deve estar capacitado para atuar com competência e segurança.

Como líder, é também função do enfermeiro coordenar a equipe e gerenciar a assistência prestada ao paciente, pois conseqüentemente ele exerce influência não somente na equipe de enfermagem como também em outros membros que integram o serviço. O enfermeiro exerce uma liderança fundamentada no conhecimento das habilidades características individuais e necessidades dos membros da equipe de enfermagem. No ambiente hospitalar é desenvolvido pelo enfermeiro uma gerência mais orientada para as necessidades do serviço cumprindo assim normas e tarefas produzindo o que é preconizado pela organização e por outros profissionais, incluindo a equipe médica.

É função prioritária do enfermeiro prestar assistência ao paciente grave, porém sua função frente a uma reanimação cardiopulmonar é bem mais extensa que a simples assistência cabendo a ele dar suporte a equipe providenciando recursos materiais e treinamento continuado visando adequadas condições de atendimento pela equipe em qualquer âmbito hospitalar.

Também cabe ao enfermeiro a elaboração de escala diária de modo a escalar pelo menos 3 técnicos de enfermagem e um enfermeiro com funções previamente estabelecidas, considerando que o conhecimento prévio das atividades tende a otimizar o atendimento diminuindo assim o estresse da equipe, pois o atendimento da RCP deve transcorrer em ambiente tranqüilo de forma que todos ouçam o comando do líder lembrando que a postura ética deve entremear as ações durante o atendimento de emergência.

O enfermeiro tem sua atuação juntamente com a equipe multiprofissional através de seu conhecimento científico, do trabalho sincronizado e organizado. No desempenho de suas atribuições a equipe de enfermagem desenvolve uma perfeita integração com a equipe médica, objetivando a padronização da prestação da assistência de qualidade otimizando as condições de recuperação do paciente. Uma vez que a enfermagem requer habilidade de liderança, faz-se necessário que o enfermeiro atue como líder a fim de administrar a dinâmica da equipe conforme terapêutica adotada, pois a liderança tem a finalidade de proporcionar um bom trabalho em equipe.

O enfermeiro além de coordenar sua equipe atua em compressões torácicas, monitorização, desfibrilação, controle de sinais vitais, realiza anotações referentes ao atendimento da PCR, cateterização vesical e nasogástrica, preparo do transporte do paciente, comunicação e supervisão da unidade que irá receber, reposição de materiais do carro de emergência e lacre do mesmo. Para tanto é necessário seu conhecimento sobre monitor, desfibrilador, cardioversor, marca-passo externo e farmacologia.

É responsável pela avaliação do espaço físico quanto a presença de eletricidade, rede de oxigênio, vácuo, tábua de massagem, macas, carro de emergência com desfibrilador, medicamentos de emergência entre outros equipamentos para tal atendimento. É também sua responsabilidade a elaboração de uma rotina de checagem de materiais quanto a datas de validade e de manutenção preventiva, teste do desfibrilador, controle do estoque mínimo de material e equipamento de proteção e lacre do carro de emergência vez que se faz presente uma situação emergencial como a PCR faz-se necessário o atendimento apropriado para tal situação. Sendo assim o enfermeiro tem como dever fornecer um arsenal terapêutico mínimo para atendimento emergencial e educação continuada ao pessoal da enfermagem, visando otimizar a execução dos procedimentos emergenciais como:

-compressões-torácicas;
-ventilação;
-desfibrilação.

Entre estes procedimentos há uma maior complexidade na administração da desfibrilação, devido a esta dificuldade o enfermeiro deve orientar sua equipe quanto aos possíveis riscos que este procedimento pode trazer ao paciente visto que para ocorrer a cardioversão correta e necessária a quantidade adequada de pasta condutora nas pás, pressão e localização correta das pás no tórax lembrando que uma pá libera energia e a outra recebe, portanto é essencial a distância entre uma pá e outra para que a energia passe eficazmente pelo músculo miocárdio.

É também da competência do enfermeiro fazer varias reavaliações sucessivas durante a realização dos procedimentos citados acima e identificar diagnóstico de enfermagem. Após o atendimento o enfermeiro deve reunir-se com sua equipe a fim de avaliar a atuação da mesma ressaltando os pontos positivos e negativos devendo ser estes últimos citados nos próximos treinamentos, tendo a finalidade de alertar o pessoal para que diminua estas falhas posteriormente.

A equipe de enfermagem deve estar pronta para o formato de atendimento por fases que consistem em sete etapas: antecipação, entrada, ressuscitação, manutenção, notificação da família, transferência e avaliação crítica.

A fase da antecipação acontece antes da ocorrência da PCR e é fundamental para o bom encaminhamento das ações durante o atendimento. Nesta etapa, analisam-se os dados iniciais, reúne a equipe, determina-se o líder, delineiam-se as responsabilidades, os equipamentos são preparados e checados e ocorre o posicionamento da cada membro da equipe. Na fase da entrada, o primeiro membro da equipe a checar responsabiliza-se pelo posicionamento da vítima no leito em decúbito dorsal horizontal e início do ABCD primário, acionando a equipe e o carro de emergência, priorizando a chegada do desfibrilador.

"A divisão da equipe de enfermagem e suas atribuições é prerrogativa de enfermeiro e deve ser realizada respeitando-se a disponibilidade de recursos humanos da unidade"


Material e Equipamentos necessários para P.C.R

- Tábua de massagem cardíaca;
- Ambu, ventilador ou similar;
- Material de entubação (laringoscópio, sondas endotraqueais, mandril);
- Aspirador de secreções;
- Oxigênio;
- Desfibrilador;
- Cânulas de guedell;
- Sondas de aspiração de diversos calibres;
- Eletrocardiógrafo;

Nas paradas cardiorrespiratórias podem ocorrer complicações tais como: hemotórax, pneumotórax, fraturas do esterno e costelas, rupturas pulmonares, rupturas de fígado e baço.

O auxiliar e/ou técnico de enfermagem deve estar sempre atento ao pedido do enfermeiro e /ou médico e auxiliá-los em tudo quanto for necessário.

É possível humanizar o HUMANO?



Ninguém precisa falar para um cachorro que ele deve correr atrás de um gato... Fazer "pipi" no carpete ou tapete... Morder os cantinhos do sofá ou aquele seu sapato que ficou dando bola lá na porta...

Ninguém precisa explicar para o gato que ele deve ficar se alisando no dono... Que ele deve gostar de leite... e que bem no meio da madrugada, deve subir nos telhadas e fazer aquela serenata terrível para os nosso ouvidos....

Ele faz todas estas coisas naturalmente... por extinto, sem que ninguém precise lhes ensinar ou exigir....

Então, afinal, em que mundo nós estamos vivendo... Um mundo em que é necessário pedir ao Ser Humano que seja mais HUMANO...! Os animais que são considerados "irracionais" agem de acordo com seus instintos e os "racionais" tem de ser forçados ou estimulados a agir de acordo com sua natureza...

Calçagem de luvas estéreis

Inicializando aos primeiros socorros

DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros Socorros são os procedimentos realizados de forma imediata e provisória a uma vítima de acidente ou mal súbito. Tem início no local do acidente e dura até o momento em que esta vítima recebe assistência especializada.
Saber fazer o certo na hora certa pode significar a diferença entre a vida e a morte para uma vítima, além de minimizar os riscos de seqüelas e complicações.
A capacidade de observação é fundamental para dar-se início aos primeiros socorros, para determinar quais as áreas de lesão, qual seqüência deverá ser realizada durante o atendimento e qual das vítimas deverá se atendida primeiro. Para auxiliar nestas decisões, utiliza-se a Triagem, que será discutida a seguir.

CLASSIFICAÇÕES NA TRIAGEM

A Triagem tem como finalidade classificar o estado do paciente determinando a prioridade de atendimento. O Sistema de Triagem pode ser dividido em:



AVALIAÇÃO INICIAL

É importante avaliar os seguintes aspectos no momento do acidente:

- O local da ocorrência: É seguro? Será necessário colocar algum tipo de sinalização? Será necessário mover a vítima? Você terá condições de prestar assistência a todas as vítimas? Quais são as mais graves?


- A Vítima: Está consciente? Tenta fazer alguma coisa ou está apontando para alguma parte do corpo?


- As Testemunhas: Caso você não tenha presenciado o acidente, elas poderão fornecer informações importantes.


- Mecanismo da Lesão: Há algum objeto caído próximo à vítima, tais como, moto, bicicleta, andaimes, etc. A vítima estava usando cinto de segurança? Pode ter se ferido no volante do carro?


- Deformidades e Lesões: A vítima está caída em posição estranha? Ela está queimada? Há sinais de esmagamento de algum membro ou amputações?

- Sinais: Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo convulsões?

As Informações obtidas neste processo, que não se estende por mais de alguns segundos, são extremamente valiosas na seqüência dos Primeiros Socorros que se subdividirá em duas partes que estudaremos futuramente. São elas:

- ANÁLISE PRIMÁRIA


- ANÁLISE SECUNDÁRIA