terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Técnica de aferição da P.A

TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL


O esfigmomanômetro de coluna de mercúrio é o ideal para essas medidas. Os aparelhos do tipo aneróide, quando usados, devem ser periodicamente testados e devidamente calibrados. O manual sobre noções básicas de aferição e manutenção de esfigmomanômetros, elaborado pela equipe do S/ SIN-CAL encontra-se em anexo neste instrutivo. A medida deve ser realizada na posição sentada, observando a inexistência dos fatores de erros descritos mais adiante, de acordo com o procedimento a seguir:

1 - Explicar o procedimento ao paciente;
2 - Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos e não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida.
3 - Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. A PA é medida com o paciente sentado, com o braço repousado sobre uma superfície firme.
4 - Localizar a artéria braquial por palpação.
5 - Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubial, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente. O quadro abaixo mostra a correção dos níveis de pressão arterial pela largura do manguito (cm) e a circunferência do braço (cm) medida no 1/3 médio.
6 - Manter o braço do paciente na altura do coração.
7 - Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide.
8 - Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento no nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente.
9 - Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente.
10 - Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubial, evitando compressão excessiva.
11 - Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição.
12 - Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial.
13 - Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. Procede-se neste momento, à ausculta dos sons sobre a artéria braquial, evitando-se compressão excessiva do estetoscópio sobre a área onde está aplicado.
14 - Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com aumento da velocidade de deflação.
15 - Determinar a pressão diastólica no desaparecimento completo dos sons (fase 5 de Korotkoff), exceto em condições especiais . Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase 4 de Korotkoff).
16 - Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica. Deverá ser sempre registrado o valor da pressão obtido na escala do manômetro que varia de 2 mmHg em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5”.
17 - Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas, recomendando-se a elevação do braço para normalizar mais rapidamente a estase venosa, que poderá interferir na medida tensional subseqüente.

FATORES DE ERRO NA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL

PROBLEMAS CONDUTAS
Manômetro de coluna mercúrio
* menisco abaixo do ponto zero * acrescentar mercúrio no reservatório
* oscilação excessiva da coluna ou dificuldade de subida na inflação * limpar ou trocar o diafragma no topo da coluna de mercúrio
Manômetro aneróide
* descalibração não é aparente * testar calibração (pelo menos de 6 em 6 meses), contra coluna de mercúrio, usando conector em Y
Tubos de borracha, pera e válvula de exaustão
* vazamento nos tubos de borracha e válvulas * trocar tubos de borracha e válvulas
Bolsa de borracha
* bolsa de borracha muito estreita causa falsa elevação na pressão e muito larga, falsa diminuição da pressão * usar manguito adequado ao braço do paciente ou tabelas/fitas de correção
* relação inadequada entre a largura e o comprimento da bolsa de borracha * a relação entre o comprimento/largura da bolsa deve ser 2 : 1
* manguito não centralizado na artéria braquial, eleva a pressão arterial * colocar a porção central da bolsa sobre a artéria braquial
Manguito
* manguito aplicado sobre as roupas, falseia os valores * manter o braço desprovido de roupas
Estetoscópio
* tubos excessivamente longos dificultam a ausculta * empregar tubos mais curtos
* mal adaptado aos ouvidos, dificulta a asculta * manter a curvatura voltada para a frente do observador
Observador
* não alinhamento dos olhos do observador com a escala do manômetro pode causar leituras errôneas * manter os olhos à altura do menisco do menisco da coluna de mercúrio e, no manômetro aneróide, incidi-los diretamente
sobre o mostrador
* preferência por números terminados em “0” ou “5” * proceder a leitura do manômetro acuradamente a cada 2
mmHg, evitando arredondamentos
* rechecagem da pressão sistólica antes da deflação total do manguito * para verificar novamente a pressão sistólica, desinflar totalmente o sistema, aguardando 1 a 2 minutos antes de
reiniciar a medida da pressão arterial
* mãos do observador,equipamentos e ambiente excessivamente frios, elevam a pressão arterial * manter material e equipamentos, ambiente e mãos em temperatura agradável
* interação inadequada entre o observador e o paciente podem elevar a pressão arterial * procurar afastar a tensão e ansiedade, estabelecendo relação de confiança com o paciente. Evitar conversar durante a medida da pressão arterial


Paciente
* ingestão recente de bebida alcoólica, café, fumo e distensão vesical, interferem na medida * evitar uso de bebida alcoólica, café, refeições e fumo, pelo menos 30 minutos antes da medida. Certificar-se de que o paciente está com a bexiga vazia
* exercícios físicos antes da medida da pressão arterial podem elevá-la * descanso prévio em ambiente calmo, por pelo menos 5 a 10 minutos, promovem o relaxamento do paciente
Procedimento de medida da pressão arterial
* não estimação do nível de pressão sistólica * palpar o pulso radial; inflar o sistema até o desaparecimento do pulso para estimar a sistólica
* inflação excessiva do sistema provoca dor e eleva a pressão arterial.
* deflação muito rápida, diminui a sistólica e aumenta a diastólica e, quando muito lenta, aumenta a pressão * inflar apenas 20 a 30 mmHg acima da pressão sistólica estimada
* manter velocidade de deflação de 2 a 4 mmHg/seg até ultra
passar a sistólica, em seguida, aumentar gradativamente
* dificuldade na ausculta dos sons de Korotkoff * inflar o manguito, estando o braço do paciente acima da altura da cabeça por 30 segundos. Em seguida, colocar o braço na
posição correta e medir a pressão arterial
* determinação incorreta da pressão sistólica * a pressão sistólica deve ser registrada de acordo com a fase 1 de Korotkoff (início do som)
* determinação incorreta da pressão diastólica * a pressão diastólica será determinada com o desaparecimento do som (fase 5 de Korotkoff)

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